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Acordos Justos ou Nada: Trump Cobra Equidade nas Relações com o Brasil

  • leticiamarcato8
  • 10 de jul.
  • 2 min de leitura

Tarifas como resposta legítima: Trump defende interesses dos EUA frente à postura brasileira


Donald Trump voltou ao centro do debate internacional ao anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Para muitos, foi uma medida dura — mas, na visão do ex-presidente americano, necessária. Ele acusa o Brasil de manter uma postura comercial desfavorável aos Estados Unidos, impondo barreiras e práticas que comprometem a reciprocidade esperada entre dois grandes parceiros econômicos.

Mesmo com o superávit registrado pelos EUA desde 2009, Trump afirma que esses números escondem distorções mais profundas: o Brasil exporta matérias-primas, enquanto os americanos vendem produtos industrializados, gerando emprego e renda nos EUA — e contribuindo pouco para o desenvolvimento brasileiro. Na visão de Trump, essa assimetria mostra que o Brasil não está disposto a evoluir para uma relação comercial equilibrada e transparente.

Além disso, Trump trouxe à tona questões políticas que, segundo ele, não podem ser ignoradas: o julgamento de Jair Bolsonaro, as restrições às plataformas digitais americanas e a suposta censura a ideias conservadoras no Brasil. Para o líder republicano, esses fatos demonstram um ambiente hostil aos valores democráticos e à liberdade de expressão — princípios que, segundo ele, os Estados Unidos têm o dever de defender.

A aplicação das tarifas seria, portanto, um recado claro: os Estados Unidos exigem respeito — não só econômico, mas institucional. Trump aposta que endurecer o tom com o Brasil pode reequilibrar a relação e proteger os interesses americanos em um mundo cada vez mais competitivo.


Trump cobra equilíbrio: Brasil lucra, mas fecha os olhos para a reciprocidade


Nos seis primeiros meses de 2025, os números mostram um desequilíbrio que Trump quer corrigir: o Brasil vendeu US$ 20 bilhões em produtos para os EUA — óleos brutos de petróleo, aço e café —, enquanto importou US$ 21,7 bilhões, principalmente produtos industrializados, como peças para turbinas e derivados refinados de petróleo. Isso representa um déficit de US$ 1,7 bilhão para o Brasil.

O argumento de Trump é simples: não se trata apenas do saldo, mas da natureza das trocas. Enquanto o Brasil exporta produtos primários, os Estados Unidos agregam valor, geram renda e mantêm os empregos — tudo isso com uma balança que segue favorável aos americanos há 15 anos. Para Trump, o Brasil se beneficia da relação, enquanto ignora questões como liberdade de expressão, censura digital e respeito institucional.


 
 
 

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